quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dica de livro: Augusto Cury

Por causa de um seminário de ética, estou lendo um livro do Augusto Cury, 'Pais brilhantes/Professores fascinantes'. Para ser sincera, não gostava de livros de autoajuda, mas depois que comecei a ler, amei e a minha visão mudou completamente. Esse autor já escreveu vários livros e faz palestras pelo mundo. Ele é brilhante! Por isso, essa é a minha dica de leitura!
Quer saber mais? Acesse o blog EVOLUÇÃO  DA PRÁTICA PEDAGÓGICA: http://evolucaodapraticapedagogica.blogspot.com/2010/04/livro-pais-brilhantes-professores.html

sábado, 20 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

100 melhores contos brasileiros do século

Estou lendo o livro "Os cem melhores contos brasileiros so século", pelo Ítalo Moriconi, da editora Objetiva. Para mim, tem uns que poderiam estar nessa lista, mas todos são muito bem escritos. Então, vou postar aqui alguns contos que eu mais gostei. Hoje, Negrinha, de Monteiro Lobato.



Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. Viúva sem filhos, não a calejara o choro da carne de sua carne, e por isso não suportava o choro da carne alheia. Assim, mal vagia, longe, na cozinha, a triste criança, gritava logo nervosa:
— Quem é a peste que está chorando aí?
Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O pilão? O forno? A mãe da criminosa abafava a boquinha da filha e afastava-se com ela para os fundos do quintal, torcendo-lhe em caminho beliscões de desespero.
— Cale a boca, diabo!
No entanto, aquele choro nunca vinha sem razão. Fome quase sempre, ou frio, desses que entanguem pés e mãos e fazem-nos doer...
Assim cresceu Negrinha — magra, atrofiada, com os olhos eternamente assustados. Órfã aos quatro anos, por ali ficou feito gato sem dono, levada a pontapés. Não compreendia a idéia dos grandes. Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provocava ora risadas, ora castigos. Aprendeu a andar, mas quase não andava. Com pretextos de que às soltas reinaria no quintal, estragando as plantas, a boa senhora punha-a na sala, ao pé de si, num desvão da porta.
— Sentadinha aí, e bico, hein?
Negrinha imobilizava-se no canto, horas e horas.
— Braços cruzados, já, diabo!
Cruzava os bracinhos a tremer, sempre com o susto nos olhos. E o tempo corria. E o relógio batia uma, duas, três, quatro, cinco horas — um cuco tão engraçadinho! Era seu divertimento vê-lo abrir a janela e cantar as horas com a bocarra vermelha, arrufando as asas. Sorria-se então por dentro, feliz um instante.
Puseram-na depois a fazer crochê, e as horas se lhe iam a espichar trancinhas sem fim.
Que idéia faria de si essa criança que nunca ouvira uma palavra de carinho? Pestinha, diabo, coruja, barata descascada, bruxa, pata-choca, pinto gorado, mosca-morta, sujeira, bisca, trapo, cachorrinha, coisa-ruim, lixo — não tinha conta o número de apelidos com que a mimoseavam. Tempo houve em que foi a bubônica. A epidemia andava na berra, como a grande novidade, e Negrinha viu-se logo apelidada assim — por sinal que achou linda a palavra. Perceberam-no e suprimiram-na da lista. Estava escrito que não teria um gostinho só na vida — nem esse de personalizar a peste...
O corpo de Negrinha era tatuado de sinais, cicatrizes, vergões. Batiam nele os da casa todos os dias, houvesse ou não houvesse motivo. Sua pobre carne exercia para os cascudos, cocres e beliscões a mesma atração que o ímã exerce para o aço. Mãos em cujos nós de dedos comichasse um cocre, era mão que se descarregaria dos fluidos em sua cabeça. De passagem. Coisa de rir e ver a careta...
A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos — e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo — essa indecência de negro igual a branco e qualquer coisinha: a polícia! “Qualquer coisinha”: uma mucama assada ao forno porque se engraçou dela o senhor; uma novena de relho porque disse: “Como é ruim, a sinhá!”...
O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana. Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo:
— Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!...
Tinha de contentar-se com isso, judiaria miúda, os níqueis da crueldade. Cocres: mão fechada com raiva e nós de dedos que cantam no coco do paciente. Puxões de orelha: o torcido, de despegar a concha (bom! bom! bom! gostoso de dar) e o a duas mãos, o sacudido. A gama inteira dos beliscões: do miudinho, com a ponta da unha, à torcida do umbigo, equivalente ao puxão de orelha. A esfregadela: roda de tapas, cascudos, pontapés e safanões a uma — divertidíssimo! A vara de marmelo, flexível, cortante: para “doer fino” nada melhor!
Era pouco, mas antes isso do que nada. Lá de quando em quando vinha um castigo maior para desobstruir o fígado e matar as saudades do bom tempo. Foi assim com aquela história do ovo quente.
Não sabem! Ora! Uma criada nova furtara do prato de Negrinha — coisa de rir — um pedacinho de carne que ela vinha guardando para o fim. A criança não sofreou a revolta — atirou-lhe um dos nomes com que a mimoseavam todos os dias.
— “Peste?” Espere aí! Você vai ver quem é peste — e foi contar o caso à patroa.
Dona Inácia estava azeda, necessitadíssima de derivativos. Sua cara iluminou-se.
— Eu curo ela! — disse, e desentalando do trono as banhas foi para a cozinha, qual perua choca, a rufar as saias.
— Traga um ovo.
Veio o ovo. Dona Inácia mesmo pô-lo na água a ferver; e de mãos à cinta, gozando-se na prelibação da tortura, ficou de pé uns minutos, à espera. Seus olhos contentes envolviam a mísera criança que, encolhidinha a um canto, aguardava trêmula alguma coisa de nunca visto. Quando o ovo chegou a ponto, a boa senhora chamou:
— Venha cá!
Negrinha aproximou-se.
— Abra a boca!
Negrinha abriu aboca, como o cuco, e fechou os olhos. A patroa, então, com uma colher, tirou da água “pulando” o ovo e zás! na boca da pequena. E antes que o urro de dor saísse, suas mãos amordaçaram-na até que o ovo arrefecesse. Negrinha urrou surdamente, pelo nariz. Esperneou. Mas só. Nem os vizinhos chegaram a perceber aquilo. Depois:
— Diga nomes feios aos mais velhos outra vez, ouviu, peste?
E a virtuosa dama voltou contente da vida para o trono, a fim de receber o vigário que chegava.
— Ah, monsenhor! Não se pode ser boa nesta vida... Estou criando aquela pobre órfã, filha da Cesária — mas que trabalheira me dá!
— A caridade é a mais bela das virtudes cristas, minha senhora —murmurou o padre.
— Sim, mas cansa...
— Quem dá aos pobres empresta a Deus.
A boa senhora suspirou resignadamente.
— Inda é o que vale...
Certo dezembro vieram passar as férias com Santa Inácia duas sobrinhas suas, pequenotas, lindas meninas louras, ricas, nascidas e criadas em ninho de plumas.
Do seu canto na sala do trono, Negrinha viu-as irromperem pela casa como dois anjos do céu — alegres, pulando e rindo com a vivacidade de cachorrinhos novos. Negrinha olhou imediatamente para a senhora, certa de vê-la armada para desferir contra os anjos invasores o raio dum castigo tremendo.
Mas abriu a boca: a sinhá ria-se também... Quê? Pois não era crime brincar? Estaria tudo mudado — e findo o seu inferno — e aberto o céu? No enlevo da doce ilusão, Negrinha levantou-se e veio para a festa infantil, fascinada pela alegria dos anjos.
Mas a dura lição da desigualdade humana lhe chicoteou a alma. Beliscão no umbigo, e nos ouvidos, o som cruel de todos os dias: “Já para o seu lugar, pestinha! Não se enxerga”?
Com lágrimas dolorosas, menos de dor física que de angústia moral —sofrimento novo que se vinha acrescer aos já conhecidos — a triste criança encorujou-se no cantinho de sempre.
— Quem é, titia? — perguntou uma das meninas, curiosa.
— Quem há de ser? — disse a tia, num suspiro de vítima. — Uma caridade minha. Não me corrijo, vivo criando essas pobres de Deus... Uma órfã. Mas brinquem, filhinhas, a casa é grande, brinquem por aí afora.
— Brinquem! Brincar! Como seria bom brincar! — refletiu com suas lágrimas, no canto, a dolorosa martirzinha, que até ali só brincara em imaginação com o cuco.
Chegaram as malas e logo:
— Meus brinquedos! — reclamaram as duas meninas.
Uma criada abriu-as e tirou os brinquedos.
Que maravilha! Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Nunca imaginara coisa assim tão galante. Um cavalinho! E mais... Que é aquilo? Uma criancinha de cabelos amarelos... que falava “mamã”... que dormia...
Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer sabia o nome desse brinquedo. Mas compreendeu que era uma criança artificial.
— É feita?... — perguntou, extasiada.
E dominada pelo enlevo, num momento em que a senhora saiu da sala a providenciar sobre a arrumação das meninas, Negrinha esqueceu o beliscão,o ovo quente, tudo, e aproximou-se da criatura de louça. Olhou-a com assombrado encanto, sem jeito, sem ânimo de pegá-la.
As meninas admiraram-se daquilo.
— Nunca viu boneca?
— Boneca? — repetiu Negrinha. — Chama-se Boneca?
Riram-se as fidalgas de tanta ingenuidade.
— Como é boba! — disseram. — E você como se chama?
— Negrinha.
As meninas novamente torceram-se de riso; mas vendo que o êxtase da bobinha perdurava, disseram, apresentando-lhe a boneca:
— Pegue!
Negrinha olhou para os lados, ressabiada, como coração aos pinotes. Que ventura, santo Deus! Seria possível? Depois pegou a boneca. E muito sem jeito, como quem pega o Senhor menino, sorria para ela e para as meninas, com assustados relanços de olhos para a porta. Fora de si, literalmente... era como se penetrara no céu e os anjos a rodeassem, e um filhinho de anjo lhe tivesse vindo adormecer ao colo. Tamanho foi o seu enlevo que não viu chegar a patroa, já de volta. Dona Inácia entreparou, feroz, e esteve uns instantes assim, apreciando a cena.
Mas era tal a alegria das hóspedes ante a surpresa extática de Negrinha, e tão grande a força irradiante da felicidade desta, que o seu duro coração afinal bambeou. E pela primeira vez na vida foi mulher. Apiedou-se.
Ao percebê-la na sala Negrinha havia tremido, passando-lhe num relance pela cabeça a imagem do ovo quente e hipóteses de castigos ainda piores. E incoercíveis lágrimas de pavor assomaram-lhe aos olhos.
Falhou tudo isso, porém. O que sobreveio foi a coisa mais inesperada do mundo — estas palavras, as primeiras que ela ouviu, doces, na vida:
— Vão todas brincar no jardim, e vá você também, mas veja lá, hein?
Negrinha ergueu os olhos para a patroa, olhos ainda de susto e terror. Mas não viu mais a fera antiga. Compreendeu vagamente e sorriu.
Se alguma vez a gratidão sorriu na vida, foi naquela surrada carinha...
Varia a pele, a condição, mas a alma da criança é a mesma — na princesinha e na mendiga. E para ambos é a boneca o supremo enlevo. Dá a natureza dois momentos divinos à vida da mulher: o momento da boneca — preparatório —, e o momento dos filhos — definitivo. Depois disso, está extinta a mulher.
Negrinha, coisa humana, percebeu nesse dia da boneca que tinha uma alma. Divina eclosão! Surpresa maravilhosa do mundo que trazia em si e que desabrochava, afinal, como fulgurante flor de luz. Sentiu-se elevada à altura de ente humano. Cessara de ser coisa — e doravante ser-lhe-ia impossível viver a vida de coisa. Se não era coisa! Se sentia! Se vibrava!
Assim foi — e essa consciência a matou.
Terminadas as férias, partiram as meninas levando consigo a boneca, e a casa voltou ao ramerrão habitual. Só não voltou a si Negrinha. Sentia-se outra, inteiramente transformada.
Dona Inácia, pensativa, já a não atazanava tanto, e na cozinha uma criada nova, boa de coração, amenizava-lhe a vida.
Negrinha, não obstante, caíra numa tristeza infinita. Mal comia e perdera a expressão de susto que tinha nos olhos. Trazia-os agora nostálgicos, cismarentos.
Aquele dezembro de férias, luminosa rajada de céu trevas adentro do seu doloroso inferno, envenenara-a.
Brincara ao sol, no jardim. Brincara!... Acalentara, dias seguidos, a linda boneca loura, tão boa, tão quieta, a dizer mamã, a cerrar os olhos para dormir. Vivera realizando sonhos da imaginação. Desabrochara-se de alma.
Morreu na esteirinha rota, abandonada de todos, como um gato sem dono. Jamais, entretanto, ninguém morreu com maior beleza. O delírio rodeou-a de bonecas, todas louras, de olhos azuis. E de anjos... E bonecas e anjos remoinhavam-lhe em torno, numa farândola do céu. Sentia-se agarrada por aquelas mãozinhas de louça — abraçada, rodopiada.
Veio a tontura; uma névoa envolveu tudo. E tudo regirou em seguida, confusamente, num disco. Ressoaram vozes apagadas, longe, e pela última vez o cuco lhe apareceu de boca aberta.
Mas, imóvel, sem rufar as asas.
Foi-se apagando. O vermelho da goela desmaiou...
E tudo se esvaiu em trevas.
Depois, vala comum. A terra papou com indiferença aquela carnezinha de terceira — uma miséria, trinta quilos mal pesados...
E de Negrinha ficaram no mundo apenas duas impressões. Uma cômica, na memória das meninas ricas.
— “Lembras-te daquela bobinha da titia, que nunca vira boneca?”
Outra de saudade, no nó dos dedos de dona Inácia.
— “Como era boa para um cocre!...”


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Voltas às aulas

Eu poderia ter pego uma foto da intenet, mais bonita, mas gosto dessa foto, tirei quando estava no ensino médio e quando eu a vejo me bate uma saudade daquele tempo...

Inverno

Dica de leitura: UM ESTRANHO NO ESPELHO, Sidney Sheldon

Olá, passei as minhas férias lendo, tá que só foi um livro, mas esse ano eu já devo ter lido uns 10 (pra média doa brasileiros, que é de 2 por ano, está bom, não acham?!) e vou deixar aqui os títulos que eu li e quais eu gostei ou não.

UM ESTRANHO NO ESPELHO, Sidney Sheldon;
Esse livro mostra o mundo dos super-astros de Hollywood entre, mais ou menos as décadas de 30 a 60. E conta a história de duas pessoas distintas que sonham em ser famosos e que ao longo da história se encontram.
Quem me indicou esse livro, falou que era bem legal, por isso resolvi ler, mas ouvi outros comentários, que o livro é pornográfico. Bom, isso ele é,o sexo é explícito, mas aborda esse tema porque está falando do mundo hollywoodiano. NA MINHA OPINIÃO, o livro é interessante, prende o leitor, mas fiquei meio decepcionada com o final, pensando 'é assim o fim dos artistas?', mas gostei.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dicas Sustentáveis

Ser sustentável é saber usufruir dos recursos naturais presente sem comprometer as necessidades das futuras gerações. A sustentabilidade do planeta está em nossas mãos! São pequenas atitudes de cada um que geram grandes benefícios para todomundo.

Confira dicas simples de como você pode contribuir com a sustentabilidade e comece a fazer sua parte!

1. Utilize sacolas reutilizáveis para levar suas compras;
2. Separe o lixo reciclável;
3. Dê preferência ao transporte coletivo público e, sempre que possível, vá de bicicleta ou a pé. Essa atitude irá fazer bem para sua saúde e para o planeta;
4. Aproveite a iluminação natural e apague as luzes quando um ambiente estiver vazio;
5. Evite consumir produtos muitos embalados e contribua para a redução da produção de lixo;
6. Dê preferência a lâmpadas econômicas e equipamentos com baixo consumo de energia;
7. Não desperdice água: feche a torneira enquanto escova os dentes e diminua o tempo do seu banho;
8. Não compre produtos piratas;
9. Evite o desperdício! Faça doaçõa daquilo que não irá mais usar, como roupas, livros, brinquedos, etc.;
10. Seja um multiplicador de boas práticas! Incentive iniciativas "verdes" de seus familiares, amigos e vizinhos.

Créditos: CAMPANHA VERDE - Lojas Americanas

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Outono

Soneto

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.
 
Se lá no assento etério, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
 
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te; 
 
Roga a Deus que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

-- Luiz de Camões (ca. 1560)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Conto: Branco e Preto, de Fernando Sabino

Li há alguns dias um livro de crônicas 'A mulher do vizinho', e um dos contos era esse 'Branco e Preto'. Ri muito, é bem legal. Olha só:

                               BRANCO E PRETO


Perdera o emprego, chegara a passar fome, sem que ninguém soubesse: por constrangimento, afastara-se da roda boêmia que antes costumava freqüentar - escritores, jornalistas, um sambista de cor que vinha a ser o seu mais velho companheiro de noitadas.
De repente, a salvação lhe apareceu na forma de um americano, que lhe oferecia um emprego numa agência. Agarrou-se com unhas e dentes à oportunidade, vale dizer, ao americano, para garantir na sua nova função uma relativa estabilidade.
E um belo dia vai seguindo com o chefe pela rua México, já distraído de seus passados tropeços, mas tropeçando obstinadamente no inglês com que se entendiam - quando vê do outro lado da rua um preto agitar a mão para ele.
Era o sambista seu amigo.
Ocorreu-lhe desde logo que ao americano poderia parecer estranha tal amizade, e mais ainda incompatível com a ética ianque a ser mantida nas funções que passara a exercer. Lembrou-se num átimo que o americano em geral tem uma coisa muito séria chamada preconceito racial e seu critério de julgamento da capacidade funcional dos subordinados talvez se deixasse influir por essa odiosa deformação. Por via das dúvidas correspondeu ao cumprimento de seu amigo da maneira mais discreta que lhe foi possível, mas viu em pânico que ele atravessava a rua e vinha em sua direção, sorriso aberto e braços prontos para um abraço.
Pensou rapidamente em se esquivar - não dava tempo: o americano também se detivera, vendo o preto aproximar-se.
Era seu amigo, velho companheiro, um bom sujeito, dos melhores mesmo que já conhecera - acaso jamais chegara sequer a se lembrar que se tratava de um preto? Agora, com o gringo ali a seu lado, todo branco e sardento, é que percebia pela primeira vez: não podia ser mais preto. Sendo assim, tivesse paciência: mais tarde lhe explicava tudo, haveria de compreender. Passar fome era muito bonito nos romances de Knut Hamsun, lidos depois do jantar, e sem credores à porta. Não teve mais dúvidas: virou a cara quando o outro se aproximou e fingiu que não o via, que não era com ele.
E não era mesmo com ele.
Porque antes de cumprimentá-lo, talvez ainda sem tê-lo visto, o sambista abriu os braços para acolher o americano - também seu amigo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Feriadão!!!

Nossa como é bom depois de um mês de trabalhos, seminários, apresentações, provas, pesquisas e muito estresse, aqui estou eu viva e mui feliz!

Nossa, apesar de correr muito, fiz muitas coisas legais... queria muito postar aqui todos os dias, mas não é fácil, mas então, eu saí com algumas amigas, passei um domingo na casa de outra amiga, consegui fazer TODOS os trabalhos, todos bem feitos, estou mesmo realizada! HAHAHAHA

Foi um bom abril, e com a ajuda da minha agenda, tudo deu certo!

Nesse feriado irei dormir COM CERTEZA até o meio dia amanhã (tá, se a minha mãe me deixar), porque eu não sei o que é acordar tarde.

Hum.. tenho fotos para postar aqui, já passei para o PC, irei selecionar algumas e ainda nesse feriado eu tento postar aqui.

Beeijinhos

sábado, 26 de março de 2011

E bate aquela tristeza... =(

Aii, estou triste hoje... quer dizer, isso acontece todos os sábados, eu fico mal sabe?! Muito pra baixo!
Sabe quando se faz tudo direitinho e ninguém reconhece e quando faz algo errado o mundo cai?! Isso acontece comigo e pior, o contrário acontece com a minha irmã. Sei lá, da vontade de deixar tudo pralá, não ligar mais para nada, mas tudo só piora! E eu digo isso para a minha mãe, mas ela não liga. Eu tenho mais responsalibilidades na casa do que ela que é mais velha e isso me deixa muito estressada! Só que isso só acaba comigo, porque eu tenho gastrite nervosa e isso foi uma das causas.


Na verdade, esse foi o intuito de criar um blog, para poder me expressar, poder gritar e mesmo que ninguém leia, eu já me sinto melhor, pus para fora.


Depois escrevo mais. Tchau!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Eita semaninhas mais difíceis!

Ahh, estou bem estressada! Essa semana e a passada foram beem agitadas! Realmente não parei um minuto. Cada dia eu tinha um trabalho para fazer, um croqui para mostrar à professora, filmes sobre acessibildade, seminários, pesquisas.. aff, foi complicado!
Mas agora estou mais tranquila, trabalhos não faltam, mas eu estou conseguindo respirar mais aliviada!

Não sei se comentei aqui, mas fui na Feicon semana passada, fiquei tão deslumbrada com todas os stands que tirei poucas fotos.. mas postarei no fim de semana (se der). E amanhã (hoje) irei à ExpoRevestir, que tem mais a ver com arquitetura e decoração. Tirarei muiiiiiiiiiitas fotos e postarei aqui!

Vou assistir 90210, tô quase junto com os EUA.


Beijos e até mais! Joyce

domingo, 13 de março de 2011

Minhas séries

Eu já comentei aqui que AMO seriados e assisto muitos!
E um dos que eu mais gosto é o Pretty Little Liars, que passa na ABC family e se não me engano
vai ou já está passando no canal Boomerang. A série conta a história de quatro amigas depois da morte
de Alison, uma garota muito persuativa. Elas guardam muitos segredos, cada uma tem um, como ter um caso com o professor, gostar de meninas. E elas começam a receber mensagens de '-A', que sabe todos os seus segredos. Agora, essa -A é a Alison que não morreu, ou uma pessoa querendo amedrontá-las?

É muito legal a série, cada episódio tem uma novidade e com o fim da primeira temporada, o clima de suspense está ficando pior. Vale mesmo a pena ver essa série.

A música de abertura é de uma banda chamada 'The Pierces', são duas mulheres e as músicas são bem legais!

Beeijão e até a próxima! Joyce

quarta-feira, 9 de março de 2011

Nada como jogar handebol na chuva...

Ontem, feriadão, aproveitei para jogar handebol - o que eu não fazia há muito tempo - com os meus amigos velhos amigos e uns amigos deles. Foi muito legal, e percebi que sou melhor no gol do que na linha. O tempo não estava muito firme, mas isso não nos impediu de jogar, haha. Choveu, começou com uma garoinha e a gente lá. Do nada começou mesmo a chover e a gente lá... todo mundo caiu ou levou escorregões (eu só escorreguei, ufa!) e a quadra estava cheia de poças, até que não deu mesmo para continuar. Logo que saímos, a chuva parou ¬¬'
Depois a gente foi até a av. Paulista para comer. Foi muito legal. Não tirei foto, mas alguém tirou, então assim que eu pegar, postarei aqui.
Hoje, eu mal consegui sair da cama! Estou toda dolorida! Mas valeu muito a pena. Estava com saudades de me mexer um pouco.

É isso ae, uma hora eu volto e posto mais coisas. Tenho muiiiiito o que falar!

Beeijão

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Até os meus pensamentos estão cansados.

Como eu disse no outro post, tenho tanta coisa para escrever aqui.. mas eu só entro quando chego da escola e chego acabada, a ponto de ficar mais lerda.

Mass, o fim de semana está chegando, sábado eu pretendo dormir até o meio dia e depois conseguirei colocar os meus pensamentos em dia. É isso ae!

Beijos e até! Joyce

E aqui estou...

Há muiiito tempo estou para escrever, o que não me falta é o que falar... mas o que tem me faltado é tempo, quase não entro mais na internet, e no terceiro dia de aula, estou exausta!
Mas estou adorando o curso, cada dia eu me surpreendo e fico muito feliz por que eu sempre quis ser arquiteta, mas não sabia muito a teoria, o que fazia, além dos projetos e com esse curso eu aprendo isso e muito mais. Os professores desse módulo são ótimos, explicam muito bem!
E é por todo esse amor que eu saio de casa 11h30 pra chegar à escola 13h30 e chegar em casa às 20h10... e agora eu tenho a internet móvel para me ajudar! Hahá

Beeijos e até a próxima! @JooySantana

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Depois de alguns dias, eis-me aqui!

Nossa, faz tempo que eu não posto no blog.... é que eu estava viajando, como eu já tinha dito muitas vezes e esqueci a senha do blog e não tive muito tempo para usar o PC.
Mas o meu fim/novo ano foi muito legal! Depois eu posto umas fotos.
Cheguei ontem e ainda não desfiz minhas malas, farei isso agora. Escrevo amanhã.

Beeijos e até a próxima! Joyce